sábado, abril 21, 2007

O intérprete


O intérprete dos barcos
mete o convés no bojo
de uma elipse
traça a proa num golpe
como corta a água
um barco
se levanta à superfície
dos olhos e sorri a ria
como num espelho os lábios
sorriem ao rosto debruçado.
(Para o pintor Jaime Isidoro)

1 comentário:

hfm disse...

Bela homenagem e os últimos dois versos deixam marcas.