quarta-feira, junho 20, 2007

A morte nunca foi uma coisa gloriosa

A morte nunca foi uma coisa gloriosa
quando a vi pela primeira vez

Mais tarde
vi-a de outro modo

Outras mortes cheias de olhos grandes
eram olhos desmedidos

como se abertos para
a beleza escondida.

3 comentários:

hfm disse...

Os últimos dois versos são o perfeito vórtice de todo o poema e dos nossos medos e dúvidas. Belíssimo.

Unknown disse...

morre-se mais que uma vez no que se vive.

um abraço

Memória transparente disse...

A morte é sempre um regressar, um colher de beleza.

Gostei imenso deste poema.

Beijinho, João.