sábado, setembro 08, 2007

As raparigas da Calle d'Avignon




Tal como Picasso o fez, os olhos
maiores do que a cabeça, estendendo
os corpos primitivos,
as Demoiselles para o espectador,
eu vi isso com minha mulher
no verão de 1991,
em Nova Iorque suspensa
na humidade do calor,
animada e intacta numa sucessiva onda
de ar, a alma
das raparigas da Calle d’Avignon
a fundar-se a si mesma.

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