terça-feira, setembro 30, 2008

Poéticas da Retórica (2)




II - ETHOS

“(…) estava nu e escondi-me”
(Génesis 3:10)


Despido pela culpa
há um medo sólido
e denso
a sufocar a garganta
do ser pensante

o trauma da falha
a consciência do mal
procuraram as árvores do jardim
mais cerradas
impenetráveis

a não ser para os olhos longos
com que a Ternura
ainda hoje me envolve.


Palmela, Setembro de 2008



(Brissos Lino)

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