quarta-feira, setembro 03, 2008

Vilegiatura (I) e (II)

Não posso esquecer.
Um dia me mostraste
as ondas, rajadas de mar
que seca na praia.

14/8/2005


Chegam em revoadas as brumas
a aldeia encerra os rostos
das janelas, fecham os cordeiros
dentro da boca os seus balidos

O dia revê-se nos espelhos
quando chega a noite
quando os olhos se recolhem
de todos os sentidos

É o vento que cerca o lume
nas candeias, mas só as adormece
a infinita mão.

24/7/2005

2 comentários:

Ricardo Pulido Valente disse...

belo espaço de poesia:) vou linkar.

abraço

Inês Ramos disse...

Também vou linkar.