quinta-feira, abril 30, 2009

O mensageiro

As rugas do teu rosto são as linhas
visíveis da mensagem
lê-se em cada linha
as ruínas da vitória

Com sandálias molhadas pelos rios
com os pés febris, vens do longe
com os olhos, como espelhos
da mensagem

e tocas outras distâncias com o olhar
o coração desocupado, só
a mensagem que carregas
de Maratona é o que importa

Chegas ao teu reino e a tua calma
virá depois da morte.
poema editado, primeira vez, em A Ovelha Perdida

2 comentários:

Anónimo disse...

"tua calma
virá depois da morte"
...
companheiro joão,
a verdade assusta mas deve ser dita...
grande poema.
abraços.

Lavrador disse...

O seu poema criou respostas aos meus silêncios e às minhas eternas interrogações!
Bem-haja!