domingo, abril 26, 2009

Namoro

Depois do violino arrebatar o público
começaram a tocar
os dedos um ao outro
até ao fundo das mãos

A mão esquerda dela disse sim
e a direita dele aprisionou-se
parecia
para sempre.

25/4/2009

2 comentários:

Anónimo disse...

companheiro joão,
este poema, belo, me remeteu a uma cena criada num projeto do qual eu participo: eu e uma parceira encenamos um texto de um poeta espanhol (o abestalhado aqui não lembra o nome), só cum as mãos, numa caixa cênica. ao final do texto as mãos se uniam num "abraço-balé"...
você é.
...
ps.1 - o projeto está aqui:
cenasliterarias2009.blogspot.com

ps.2 - estou ansioso por sua próxima colaboração...
a pilar ana acabou de postar um texto tocante.

abraços fraternos.

J.T.Parreira disse...

Caro companheiro, belíssimo poema que me deixou aqui. Gosto do Cernuda, bem como de todos os del Grupo Poetico de 1927.
Um abraço
J.