domingo, julho 12, 2009

Urbanos

2 poemas:

LIMPEZA A SECO

Era uma coisa limpa, sem água
a sujidade
a desaparecer sem rasto
no vazio
a roupa às voltas
num tambor de vento.


O BARBEIRO

O coração o parou
a meio de um corte raso
um cabelo que se bastava
a si próprio, como arame farpado.

2009

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