quinta-feira, junho 03, 2010

Do livro inédito: "Fluxos da Memória":

Ai, se o vento me levasse
Na orla infinda das marés
Que ainda me salpicam!

Ai, se o vento me levasse
No espasmo matinal
Do cheiro eterno das flores!

Aí permaneceria, cândida, pura...
No seio de uma alegria sem fim
Que me acalentaria a alma.

Já não choraria mais
A criança que não fui
Ou a infância que não tive.

Voltaria a brincar com os infantes.
E, finalmente, sorria
Na transparência de um desejo inocente.

(Isabel Rosete)

poema cedido pela autora para o Poeta Salutor

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